

O PEI CF (JNM 0803) considera-se um termoplástico avançado da engenharia que contém enlaces éter e grupos de imida na sua corrente de polímero misturados com fibra de carbono. A fibra de carbono é um material pseudo-amorfo que lhe oferece ao PEI um ponto de fusão mais baixo, cristalização mais lenta e mantém a temperatura de cristalização alta (Tg= 180ºC). Esta união também potencia a estabilidade estrutural, melhorando as propriedades mecânicas e de impressão. Por isto o PEI CF se ganhou um posto entre um dos dois materiais mais potentes e fácil de utilizar dentro de impressão 3D FDM/FFF. Além disso, este material compete a nível geral com os termoplásticos mais utilizados na indústria da engenharia (polissulfonas, sulfetos de polifenileno e policetonas).
Apoiando-se na grande experiência e nos seus muitos anos de investigação, o grande fabricante francês Nanovia obteve o PEI CF JNM 0803. O JMN 0803 comporta-se de maneira estável em todos os âmbitos o que permite a sua utilização em uma impressora 3D FDM. A seguir observa-se a estrutura molecular do JNM 0803.
O filamento PEI CF Ultem 1010 apresenta todas as qualidades que um material avançado requer. A resistência térmica é uma da mais alta do mercado, tendo uma temperatura de amolecimento Vicat (A50) superior a 215ºC e uma temperatura máxima de trabalho constante com uma pressão de 0.45MPa a mais de 200ºC. A principal vantagem, com respeito a outros materiais (NylonStrong), é que a estas temperaturas as propriedades mecânicas quase não variam. Isto é como a sua grande estabilidade dimensional, melhorada graças à fibra de carbono, mantém a forma estrutural inclusive ao elevar a temperatura, algo impensável com a maioria de materiais existentes na impressão 3D FDM/FFF. Estas qualidades são utilizadas para realizar ferramentas de moldo por injeção de ciclo curto, ferramentas de laminado de fibra de carbono e outro tipo de formas que estão submetidos a elevados valores de pressão e temperatura (Autoclave). Dentro deste tipo de formas de alta resistência estão os utilizados para o processo de vulcanização de plásticos, como a borracha. Graças ao PEI CF Ultem 1010 podem-se realizar formas de maneira mais rápida, singela e barata que as atuais formas de aço.
Outra qualidade destacável é a resistência química que tem este material a uma grande lista de fluídos: hidrocarbonetos halogéneos (benzeno), fluidos automotivos (liquido refrigerante), álcool e soluções aquosas (água do mar). Esta qualidade junto à sua baixa densidade (1.26 g/cm3) e a ser um material retardante de fogo, faz com que o PEI CF Ultem 1010 seja um material muito comum para realizar peças finais de partes de motores no campo da aeronáutica e a automotivo pelas que decorrem líquidos, azeites e gases.
Algo muito importante à hora de fabricar peças para a engenharia é que não interfira nem produza derivações de correntes elétricas. O PEI CF Ultem 1010 apresenta uma grande estabilidade dielétrica (resistência a transformar-se em conductivo um material isolante da eletricidade) podendo fabricar peças isolantes para circuitos eletrónicos ou carcaças para tomadas de corrente elétrica. Designadamente, a aplicação deste material em circuitos eletrónicos é ideal para assegurar o funcionamento, já que o PEI CF Ultem 1010 é um material com uma grande capacidade de dissipação do calor e da frequência.
No apartado de propriedades mecânicas o PEI CF Ultem 1010 destaca ao reunir altos valores de resistência em todos os campos. O Módulo de Young (Módulo de tração) do PEI CF Ultem 1010 (4685 MPa) é superior ao dos materiais técnicos da impressão 3D em mais de 45%; Nylon-Fibra de Carbono CF15 (500 MPa), PC-Max (2048 MPa), Nylon PolyMide COPA (2223 MPa). O Módulo de Flexão do PEI CF Ultem 1010 é de 4950 MPa, superando com muita clareza a todos os materiais convencionais e técnicos da impressão 3D; Nylon PolyMide COPA (1667 MPa), ABS Premium (2000MPa), PC-Max (2044MPa). O resto de propriedades mecânicas podem ser consultadas na ficha técnica o PEI CF Ultem 1010 disponível no apartado de downloads.
Informação geral |
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Material | PEI |
Formato | 50 g / 500 g |
Densidade | (ISO 1183) 1.26 g/cm³ |
Diâmetro filamento | 1.75 / 2.85 mm |
Tolerância de filamento | ± 0.05 mm |
Longitude filamento | (Ø 1.75 mm - 0.5 Kg) ± 165 m / (Ø 2.85 mm - 0.5 Kg) ± 62 |
Propriedades de impressão |
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Temperatura de impressão | 390 ºC |
Temperatura cama de impressão | 120 ºC |
Temperatura de câmara | 80 ºC |
Ventilador de capa | ✗ |
Velocidade de impressão recomendada | 30 - 50 mm/s |
Bocal recomendado | Min. 0.5 mm |
Propriedades mecânicas |
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Alongamento ao rompimento | (ISO 527) 3.5 % |
Resistência à tração | - MPa |
Módulo de tração | (ISO 527) 4685 MPa |
Resistência à flexão | - MPa |
Módulo de flexão | (ISO 178) 4950 MPa |
Dureza da superfície | - |
Propriedades térmicas |
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Temperatura de fusão | 370 ºC |
Temperatura de amolecimento | (ISO 306) 215 ºC |
Propriedades específicas |
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Transparência | - |
Classificação da inflamabilidade | UL 94 V-0 @ 3 mm |
Resistência química | ✓ |
Outras |
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HS Code | 3916.9 |
Diâmetro bobina (exterior) | 200 mm |
Diâmetro bobina (interior) | 52 mm |
Largo bobina | 55 mm |
Para empregar o PEI CF Ultem 1010 precisa-se uma grande experiência no setor da impressão 3D e uma impressora 3D qualificada para isso, já que se requer de uma temperatura de extrusão de 370-400ºC, uma temperatura de base superior a 120ºC e uma temperatura de câmara de 80ºC, por isso se recomenda utilizar impressoras 3D industriais como a 3NTR A2 ou a 3NTR A4 que cumprem com todos os requisitos. Para assegurar uma boa adesão à base de impressão recomenda-se utilizar uma lâmina de PEI e assim evitar o efeito warping.
Pós-processado:
Durante a impressão das peças desejadas com PEI CF Ultem 1010 geram-se tensões internas, igual que em qualquer tipo de plástico, que se podem transformar em rompimentos ou deformações indesejados. Eliminar estas tensões é muito singelo e só se precisa um forno de ar quente e seguir os seguinte 5 passos:
Este processo deve ser realizado por pessoal qualificado.